domingo, março 20, 2016

Biografias Inspiradoras: Betty Halbreich e Iris Apfel - a Arte de se Manterem Ativas!

Passei uma semana respirando nostalgia e histórias de vida inspiradoras.
Por indicação de outros blogs, devorei em 3 dias o livro "Um Brinde a Isso - Uma Vida Dedicada ao Estilo", a biografia de Betty Halbreich.
A isca que nos faz comprar o livro é pela questão da moda, afinal ela é um talento nato para a coisa, sendo até hoje a personal shopper da Bergdorf Goodman do alto dos seus 86 anos. Tudo que se fala hoje sobre consultoria de estilo, a importância do caimento das roupas, a besteira que é comprar uma peça somente pela marca... Tudo isso que é falado hoje ela já apontava na década de 60.
Mas no segundo capítulo em diante a gente vai se apaixonando (e sofrendo junto) com todos os muitos dramas da vida dela!
Para além dos seus conhecimentos sobre moda, ela nos passa algo muito maior em termos profissionais. A preocupação com a excelência no trabalho, a importância do networking (ela nem conhecia o termo e já fazia isso desde sempre) e como o cuidado com a própria aparência é capaz de passar a credibilidade suficiente para que pessoas acreditem que você seja capaz de fazer um determinado trabalho mesmo que verbalmente você afirme o contrário (!?!)
Isso sem falar que a mulher é uma sobrevivente, tanto quanto a questão da saúde (o drama vai de pólio, passa por tentativa de suicídio a câncer de mama...) quanto a questões emocionais como o fim de um grande amor, a solidão e a distante relação com os filhos. #tudospoiler


Terminar as 299 páginas deste livro é como se despedir de uma amiga que nos foi íntima nos últimos dias. Adoro quando leio um livro que deixa aquele gosto de "quero mais" quando eu termino a última página. Esse é um deles!
 
                                                     ****
 
Por total "vibe-terceira-idade", acabei vendo o documentário da vida de Iris Apfel no Netflix.
Nossa! Que respeito e admiração eu tenho pelas pessoas que foram transgressoras numa época tão complicada quanto o início do século passado. Vamos combinar que ser transgressora hoje é moleza se comparado aquele tempo, né não?
Vocês conseguem imaginar uma mulher que nasceu no início do século passado que não queria se casar oficialmente e que optou não ter filhos?!?
A Iris Apfel, hoje com 94 anos, dá uma verdadeira aula de criatividade, disposição e lucidez. Hoje se permite vestir o que quiser e como quiser e por toda bagagem cultural e seu gosto exótico, se tornou ícone fashion. Culta, humorada, perspicaz, ela é um evento!
O mais lindo de tudo é que teve um homem ao seu lado que aceitou passar a vida a idolatrando e tornando viável todos os devaneios dela. Dói muito ver o amor entre eles no documentário sabendo que um pouco depois das filmagens ele veio a falecer (com 100 anos!).


Até hoje ela trabalha muito. Ela dá aula, entrevistas, administra todo seu acervo de peças de decoração e roupas raras (muitas vezes doando para museus). Ela não descansa. Ela disse que se parar o corpo adoece.
 
                                                       ****
 
Como pode duas  mulheres de personalidades totalmente diferentes terem tanto em comum. Mas o que ficou mais forte da biografia de ambas é a necessidade e o esforço diário de levantarem da cama e não deixarem se abater pelo corpo já cansado. É preciso deixar a mente ativa, em movimento.
 
Eu acho que o pior da velhice é quando a mente ainda está tão jovem e cheia de projetos e o corpo simplesmente não acompanha. Mas essas mulheres não se deixam render. Coisa mais linda de se ver. Um exemplo de vida para todas nós. Mesmo.

Beijas

Eliana

domingo, março 06, 2016

O Caro que Sai Barato!


Hoje resolvi tirar a poeira do blog porque estava com muuuita saudade e só esperando uma pauta que valesse a pena. E ela acabou surgindo.
Quanto ao título, é isso mesmo que vocês leram ainda que o ditado diga o contrário ( "o barato sai caro"). Já explico.
 
Quando tive um aniversário para ir nesse fim de semana, percebi que estava sem comprar roupa nova desde setembro/2015. Sério. Nunca fui muito consumista (ainda que o meu marido diga o contrário). Depois de ter comprado varias peças novas para curtir as férias, dei uma segurada. Por causa de grana, por escolher gastar com outras coisas, por tentar me virar com um armario já abarrotado... Enfim... Essa coisa do slow fashion me pegou. Depois disso, só comprei roupa de malhar. Só!
Mas estou numa fase bem preguiçosa, sem vaidade e pensei que uma roupinha nova pudesse dar um ânimo.
Fui na Leader do centro do Rio e vi um vestido chemise jeans lindo cujo preço, nem tanto (120 reais!).
Resolvi levar pro provador. Nesse momento, minha irmã me liga: " Tá por onde?". Respondo: "Estou na cabine da Leader e vou experimentar um vestido torcendo para ficar horroroso porque tá muito caro". kkkk
Resultado: Ficou lindo! Merecia alguns ajustes, mas no geral, vi que era um bom investimento. Comprei. Só que depois disso  fui ladeira abaixo e o negocio de gastar tomou proporções desastrosas.kkk Fui na Riachuelo e comprei  sandália, cinto e até brinco!!! Tudo girando em torno do tal vestido. Cheguei em casa com tanta sacola que o Thyago suou frio. kkk
Pois bem. Passada a culpa pós-compulsão, vi que comprei peças caras (a sandália custou acima dos 3 dígitos também!) mas que vou usar até virar pó! Por que? Porque são confortáveis, atemporais e de boa qualidade. Ou seja, um excelente investimento parcelado em suaves prestações até 2.050.
 
Vamos ao visual completo:

Fotinho do Instagram com filtro, mas (JURO!) que é sem photoshop!

 Nunca havia vestido esse modelo Chemise. Ele é fantástico! Ele tem todas as qualidades para ficar bacana em qualquer corpo. O jeans é "encorpado" mas não arma. Isso significa que nada vai ficar marcado ou transparente.
Claro que tem alguns "truques" que eu utilizei para ficar melhor ainda:
 
1) O vestido original era de manga comprida e eu cortei e dobrei. Além de braços à mostra darem uma afinada, eu vou usar muito mais por conta do calor do Rio.
2) Ele tem a vantagem de ter botões somente na parte de cima. Isso evita que botões estufem quando sentamos. Mas mesmo assim, preferi abrir bem o decote e colocar um top. Isso alongou e disfarçou muito o tamanho dos seios.
3) Amarrei o cinto um pouco abaixo da cintura para alongar o tronco.
4) Subi no salto para dar uma torneada nas pernas. Por conta dos peso, é dificil usar salto, mas o salto plataforma (ou anabela) é confortável e dá uma sustentação bacana. 
 
Todos esses "truques" de styling servem para tirar o melhor proveito da peça. Eles brincam com a ilusão de ótica, assim como usamos maquiagem para afinar o rosto, etc... Nenhuma roupa é capaz de modificar um corpo, mas é possível faze-las mostrarem o seu melhor (te amo, Stacy e Clinton!). E para isso, é preciso ter um olhar atento, conhecer bem o próprio corpo e exercitar muito.
 
 Na boa, é difícil afirmar nessa foto que tenho 100 kilos e visto manequim 50, não é mesmo?
 
Valeu ou não valeu gastar dessa vez?
 
Beijas
 
Eliana

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