Oi, meninas. Tudo bem com vocês?
Nem sei se o que vou escrever aqui deveria virar post, mas queria compartilhar uma experiência que tive na semana passada. Então senta que lá vem história!
Na última terça-feira fui num talkshow no Senac que fiquei sabendo através dos blogs de 2 meninas que acompanho quase que diariamente.
Fiz a minha inscrição no site e me programei de ir depois do trabalho. Vesti meu kimono que vocês já conhecem (aqui) e fui me achando adequadamente vestida para a ocasião.
Quando cheguei lá, todos estavam aguardando a abertura do auditório. Olha, vou confessar uma coisa pra vocês. Me senti um peixe fora d'agua. A maioria da meninas que estava lá tinha um estilo especifico de quem faz moda. Digo, turbantes coloridos, cabelos diferentes, roupas esquisitas.. Eu sei que moda tem a ver com transgressão e criatividade, mas parece ser pré-requisito se vestir estranho para se fazer notar no meio. Fica tudo tão forçado... Sei lá...
Enfim, após o desconforto inicial, o auditório foi liberado. Me acomodei bem na frente (sozinha...) e logo em seguida o bate-papo no palco começou.
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Olha eu ali sem ninguém sentado nas cadeiras do lado... Humpff.. |
Lá estavam 6 mulheres empreendedoras de moda dividindo conosco as dores e as delicias desta condição. Naquelas poucas horinhas, aprendi muito. A maioria havia migrado de empregos formais para empreender de forma bastante gradativa já que esse mercado é realmente instável. Curioso é que todas estão ganhando menos agora mas quando questionadas, nenhuma gostaria de voltar à antiga condição. Hoje, a paixão as move.
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As 6 mulheres inspiradoras com carinhas de que fazem o que gostam... |
Após o encerramento, a grande maioria foi embora mas percebi que umas poucas pessoas ainda aguardavam para tietar conversar com as convidadas. Mesmo estando sozinha e levemente desconfortável, resolvi ficar e me enturmar. Fiquei no meio de uma das rodas escutando os assuntos assim como quem não quer nada. kkkk Logo depois resolveram tirar fotos e me pediram para tirar e fui ficando... A essa altura, as únicas convidadas que ainda estavam eram justamente as 2 blogueiras que eu sigo, a Ana Soares do Hoje Vou Assim Off e a Carol Burgo do Small Fashion Diary.
Tenho que abrir um parêntese aqui:
Eu sou muito, muito, muito fã do blog da Carol Burgo. Sigo sua história há anos. No seu blog, ela expõe além dos looks, a sua vida pessoal, com todas as suas alegrias e dificuldades. Isso de alguma forma cria uma conexão muito forte com a sua leitora. Parece idiota falar ( e é!), mas sofri junto quando ela perdeu o emprego, quando sentia falta da mãe. Fiquei feliz quando ela largou tudo para criar a própria marca. Na verdade, todas as leitoras seguem a vida dela como uma novela real e essa exposição toda nos faz sentir amigas intimas dela, mesmo que ela nem saiba que a gente existe. É muito louco isso.
Voltando aos fatos, fiquei por lá e acabei encontrando uma oportunidade para me apresentar à Ana Soares. Fiz algumas perguntas sobre o mercado, escutei alguns conselhos. Quando vi, estávamos travando uma conversa animada e comecei a me sentir fazendo também parte daquele meio (graças à simpatia e a acessibilidade dela). Que figura gente boa, daquelas que dá vontade de tomar um chopp e rir a noite toda, sabe?
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Também tietei a Ana pedindo para tirar uma selfie! Não resisti. |
Mas eu queria muito falar com a Carol Burgo só que ela estava numa conversa paralela com uma outra menina. Quando achei uma brecha, fui lá. Só que eu fiz vergonha... :-(
Pelo fato de ser "muito-muito-muito-fã", agi como uma completa retardada. Me apresentei atropelando as palavras e falei as seguintes frases com mais empolgação do que deveria: " Carol, eu sou muito-muito-muito sua fã! Eu sei TUDO sobre a sua vida!". Cara... Ela fez uma expressão de medo, riu meio nervosa e agradeceu! kkk
Agora vocês me expliquem que nível de retardo mental faz com que uma criatura de quase 40 anos aja dessa maneira tão constrangedora?!?
"Eliana, a garota é só uma blogueira. Ela não ganhou o premio Nobel da Paz!" - disse meu lado racional.
Só que na minha mente fantasiosa, quando eu me apresentasse a ela, nós conversaríamos, e ela perceberia toda minha inteligência, genialidade e humor e nos tornaríamos melhores amigas de infância... Só que na realidade eu gaguejei, não falei lé-com-cré e provoquei um pequeno pânico na pobre coitada. Aff.
Depois dessa, achei que era hora de catar o resto da minha dignidade e ir embora de fininho me giletando pelos 5 quarteirões seguintes.
Já em casa, resolvi esquecer esse pequeno "incidente" e me fixar no que aprendi com todas aquelas mulheres e tirei uma conclusão comum. Viver de moda não tem nada de glamour. Tem ralação, tem acerto-e-erro, tem (muita) persistência, tal qual o tiozinho dono da loja de ferragens, por exemplo. A diferença (e a beleza) da coisa está em poder através deste trabalho, criar beleza, autoestima, consciência corporal, consumo consciente, entre tantas outras coisas bacanas. Sabem o que eu acho? A moda carrega um estigma de futilidade que é muito injusto. Além de movimentar bilhões de dólares, gerar tanto emprego, criar novas tecnologias, é através dela que comunicamos a imagem que passamos para o mundo e nos relacionamos melhor com o reflexo do espelho. Olha a importância disso!!!
Essa Carol Burgo já escreveu um texto sobre isso em seu blog, mas eu não vou nem falar mais nada porque daqui a pouco vocês vão achar que essa admiração já tá ficando patológica. E eu juro que eu sou normal, gente! Eu juro!
Beijas
Eliana