domingo, janeiro 18, 2015

Nosso "Infinito Particular"

Eu tenho uma casal de amigos de Macaé (Antônio e Carla) que adorava receber os amigos em casa. Lá era o endereço onde rolavam os churrascos mais animados. Uma vez o Antônio me disse que, apesar das festas cheias de gente, eles eram seletivos porque aquele era o mundo particular deles e que a alma e o coração deles morava naquelas paredes  e que era um prazer dividi-los, mas só com os amigos. Por isso (e por conta do álcool...kkk) todos os convidados se sentiam tão a vontade. Naquelas horas, todos nós éramos da família também.
Nunca me esqueci disso. A alma e o coração da gente precisa "morar" na casa que vivemos. E isso não tem nada a ver com beleza, luxo ou seguir a última tendência de decoração. Já visitei casas que pareciam sala de demonstração da Etna. Tudo lindo, última tendência, mas sem sangue correndo nas veias, sabe? Já entrei em casa que não tinha nada que fosse descolado, mas tinha história, tinha zelo,  tinha vida ali dentro.
Tem casas também que eu poderia ter entrado sem saber de quem é, mas que eu poderia adivinhar direitinho o dono, porque tem casa que tem A CARA da pessoa.  E, se a casa tem a cara do dono, permitir que amigos vivam ali (mesmo que em poucas horas), significa estar partilhando o seu próprio mundo com eles, não é verdade?
 
Por sorte, partilho meu teto com um companheiro que tem a mesma filosofia. Queríamos uma casa que vivessem junto conosco, as nossas paixões. Como não tínhamos grana para comprar nada caro, tivemos que usar da criatividade para deixar tudo do nosso jeito. Ainda tem muita coisa pra fazer, mas já estamos conseguindo reunir os amigos e dividir com eles um pedacinho da gente.
 
 
Minha mãe falou que nos daria um sofá. Pra não pesar o bolso dela, escolhi um no site das Casas Bahia um marrom de chenille. Que praga. Descobri na prática porque era mais barato. Aquilo esquenta, junta pêlo, pinica... Um inferno. Resolvi então, depois de muita pesquisa,  comprar sarja peletizada para fazer uma capa branca. Comprei 6 metros e depois de muito bota e tira, consegui costurar a capa. De perto, não ficou nenhum nariz de santo, porque dá uma trabalheira horrorosa e no final já estava de saco cheio...kkk Mas ficou confortável, o branco ficou mais legal e as almofadas sobressaíram.
Sobre os quadros, comprei numa livraria do Shopping Nova América. Tinham vários de banda, mas Thyago é apaixonado pelo Jimi Hendrix e eu, por esse álbum do Beatles. Foi uma escolha fácil!



Como o sofá ficou  branco, pude "pirar" nas almofadas. Sempre quis aprender a fazer mix de estampas no meu look, mas nunca consegui. Eita coisa difícil. As cores precisam estar em sintonia, apesar a aparente aleatoriedade.
No caso das almofadas, acho que consegui fazer. Essas capas são da Camicado. Aquela loja é um sonho. Pena que pro meu bolso é um pesadelo...kkk A estampa que peguei como referencia foi a florida. A partir dela, escolhi a azul e branca que tem o mesmo tom do fundo da florida. Depois escolhi a lilás lisa porque a tem algumas flores nesse tom da tal almofada florida. Em seguida, achei outra capa com o mesmo desenho que da outra azul mas no mesmo tom lilás da lisa. Coloquei tudo junto e fiquei horas olhando pra ver se rolava. Pra completar, vi esse rolinho amarelo na Riachuelo e me apaixonei. Ele entraria na composição de qualquer jeito. kkk




Esse cantinho fica em frente ao sofá. Nele, colocamos só amor! Ele fica ao lado do rack e por sorte, deu direitinho a largura da prateleira e dos 2 pufes que, além de esconderem a fiação, servem para acomodar mais duas pessoas quando a casa está cheia. Os pufes compramos baratinho da Casa e Vídeo e os futtons eu comprei na Riachuelo.
Sobre o quadro, essa foto foi tirada quando estávamos muito felizes, completando 1 ano de "casados" num barzinho chinfrim em Cabo Frio mas que nos divertimos muuuuito. Acho que a foto transparece isso. Tiramos de celular e tem um aplicativo (que não lembro o nome) que deixa das fotos com jeitão de desenho. Ficou tão bom que resolvemos fazer uma revelação ampliada e colocar numa moldura com vidro da Etna (que é baratinha).
Nessas prateleiras ( e noutras espalhadas pela casa), está a coleção de bonecos do maridón. Aqui em casa convivem em perfeita harmonia o Darth Vader, Simpsons, Indiana Jones, He-Man, Shrek e tantos outros...kkkk
 
 
Mas o amor da casa da gente tem que estar nos detalhes, nos objetos que carregam uma lembrança, uma emoção ou um gosto particular e por isso fiz questão de tirar umas fotos para mostrar para vocês esses detalhes.
 
Esse quadrinho de chaves fica logo ao lado da porta. Comprei a moldura e recortei essa frase de um livreto de mensagens que ganhei de presente. Apliquei no quadro e fiz questão de colocar logo na entrada. Fiz como uma espécie de "Boas Vindas" aos amigos.



Na mesa de centro (que alias já é outra... #presentedasogra), coloquei alguns livros divertidos e de leitura rápida e em cima, uma xícara de matrioska que ganhei de uma amiga que tem séculos que  não a vejo.

Nosso mini Jorge Amado foi presente da tia do Thyago que mora em Iheus. Ao lado, mora um porta-retratos de prata antiiiiiigo com uma foto minha e da minha irmã ainda pequenas que achei muvucado num armário na casa da minha mãe. Se isso não é amor, não sei mais o que pode ser...
 
A partir dessa ideia, busquei no "Pai Google" várias imagens que podem servir de inspiração para vocês deixarem o lar de vocês inundado de boas lembranças...
 
 

Para os casais que bebem vinho, que tal começarem uma coleção de rolhas e depois exporem na parede como recordação desses momentos?


Finalmente compraram a casa própria? Ainda tem a chave da casa que passaram a infância? Emoldurem e guardem essas boas lembranças não só na memória.



Exponham suas coleções, seja lá do que for. Vai juntar poeira e dar trabalho pra limpar? Vaaai!!! Mas, e daí?

Achou guardado o guardanapo com os autógrafos da banda que você era louca na adolescência? Moldura, djá! Pode ser até do Dominó, porque essa memória diz muito mais sobre você (e a saudade daquela época) do que o grupo de qualidade duvidosa que você pirava...

Sua mãe guardou uma roupinha sua de quando era bebê? Você guardou uma roupinha de bebê do seu filho adolescente? Tem coisa mais nostálgica ( e emocionante) do que expor isso na parede de casa?


Que tal emoldurar as "obras de arte" dos seus pequenos? E a primeira vez que ele aprendeu a escrever "Eu te amo, mamãe"?  E a arte de "recorta e cola" que ele fez na escolinha pro dia dos pais? É justo colocar essas preciosidades no fundo da gaveta? Nãããããão, né?


E aí? Gostaram das ideias? Se animaram?

Como disse Renato Russo " o mundo anda tão complicado" que acho importante depois da nossa batalha de cada dia, chegarmos em casa e nos depararmos com coisas que nos lembram o porquê da luta, o real sentido que faz tudo valer a pena e, nos fins de semana, poder dividir essas alegrias com pessoas que são da nossa família, seja a sanguínea ou a escolhida pelo coração!

Beijas

Eliana
 

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